A EVOLUÇÃO DAS GERAÇÕES


A sociedade de hoje é uma sociedade egoísta. No entanto, ela também contém pré-requisitos suficientes que podem ajudá-la a se tornar uma sociedade altruísta. Na verdade, a evolução da humanidade ao longo das gerações só ocorreu para prepará-la a entender qual o propósito da vida nesta geração.

No artigo A Paz, o Baal HaSulam descreve a evolução das gerações da seguinte forma:

...em nosso mundo não existem almas novas como os corpos que são novos, mas apenas certa quantidade de almas que encarnam na roda da transformação da forma, porque cada vez elas revestem um novo corpo e uma nova geração. Portanto, no que diz respeito às almas, todas as gerações, do início da criação até o fim da correção, são como que uma única geração que expandiu a sua vida ao longo de milhares de anos, até que se desenvolveu e se tornou corrigida, como deveria ser.

De geração em geração, as almas acumulam dados, que finalmente nos levam ao nosso nível atual de evolução. No final da longa evolução (o nível falante), os seres humanos deverão ascender a um novo nível, que chamaremos de "O Falante Corrigido".

Para compreender o impacto da evolução das gerações diante de nós, podemos comparar os nossos dados internos às unidades de informação. Essas unidades de informação estão dentro de cada objeto que existe na realidade, e contêm os dados inatos de toda a matéria.

Na verdade, nós estamos vivendo num espaço que contém uma quantidade enorme de informações sobre cada elemento. Este é um campo de informação chamado "O Pensamento da Natureza", e nós existimos dentro dele. Qualquer mudança que ocorra em qualquer elemento, tais como esforços para manter o seu estado atual, a transição de um estado para outro, as forças que operam nela, as forças que ela aciona sobre outros elementos, as mudanças internas e externas, tudo isso são mudanças no campo da informação.

Em cada geração, as pessoas buscam uma fórmula para uma existência equilibrada e uma vida boa, a fórmula que a Natureza não lhes concedeu. Essas buscas são registradas como registros adicionais em suas unidades de dados internos. Como resultado, essas unidades de informação melhoram gradualmente.

Todo entendimento e conhecimento que adquirimos numa geração, através dos nossos esforços para termos uma vida melhor e lidarmos com nosso ambiente, tornam-se inclinações naturais adicionais na geração seguinte. Consequentemente, cada geração é mais desenvolvida que a anterior.

É fato reconhecido que as crianças são sempre mais aptas a lidar com as inovações no mundo que seus pais, que de fato inventaram essas inovações. Por exemplo, os bebês de hoje encaram coisas como telefones celulares e computadores de forma natural, e isso só exige delas um curto período de tempo para operá-los melhor do que os seus pais.

Assim, de geração em geração, a humanidade adquire conhecimento e sabedoria, e evolui, muito parecido com um indivíduo que acumulou milhares de anos de experiência. Nos manuscritos publicados no livro, A Última Geração, o Baal HaSulam escreve sobre este processo acumulativo:

A opinião de um indivíduo é como um espelho, onde todas as imagens e ações benéficas ou prejudiciais são recebidas. A pessoa examina todas essas tentativas, seleciona as mais benéficas e rejeita os atos que a prejudicam (chamada "memória cerebral"). Por exemplo, um comerciante vai atrás (na memória cerebral) de todas as mercadorias que tenha perdido, e os motivos; e também com todas as mercadorias e os motivos que geraram lucros. Eles estão dispostos na mente do comerciante como um espelho de tentativas, diante do qual ele escolhe o que é benéfico e rejeita o que é prejudicial, até que se torne um bom e bem sucedido comerciante. Isso é semelhante com todas as pessoas em suas experiências de vida. Da mesma forma, o público tem uma mente comum e uma memória cerebral e imagens comuns, onde todas as ações realizadas em relação ao público e ao todo são registradas.

A evolução das unidades de informação em nosso interior nos levou a um nível preliminar da consciência do quão oposto estamos em relação à força da Natureza. É por isso que nos tornamos receptivos a ouvir as explicações do motivo pelo qual fomos criados desta forma. Além disso, estamos nos tornando capazes de entender o objetivo que devemos atingir.

O vazio interno e o abismo que está sendo aberto dentro de muitos de nós a respeito da vida que conhecemos não são mera coincidência. Eles são o resultado da criação de um novo desejo - de que a humanidade se eleve a um nível superior de existência, o do "falante corrigido". Esta é a fase evolutiva em que podemos avançar conscientemente para a realização do propósito da vida.